E é assim, na terra do Anível! E viva Setúvél!

Ai, que Jazuz me acuda que eu sozinha nã pôdo...

Depois de aventuras e desventuras lá pós lados da picheleira, onde se registaram acontecimentos que envolviam catanas, ripas das obras, santos populares que foram de bradar aos céus, acontecimentos nocturnos vindos do além e muito bairro alto, lá tinha que vir a passagem pela bela terra onde nasceram as melhores pessoas da história da Humanidade... Casanova, desculpa lá não teres tido essa sorte, mas nem toda a gente nasce num berço de ouro...
Tirando os turnos de volta dos pirralhos, esta cidade já nos proporcionou momentos dignos de não serem filmados (para não nos suicidarmos ao vermos os registos), que faço intenção de passar a descrever...
Ora numa bela segunda feira, em que a noite SetuValense (aprendam a chamar as coisas pelo nome, porque se o Anível sabe que chamam Setúbal á terra dele é capaz de se passar da vabeça) é do mais agitado que pode haver, lá vai a Dona D acompanhada da minha pessoa até uma esplanadeca para beber um café! É importante realçar que iamos beber café...
Após uma vida regrada e isenta de teor alcólico, as GLCAA (Guerreiras Lutadoras Contra a Abstinência Alcóolica) decidem pedir uma loira daquelas que se espumam todas para digerir a cafézada...
Até aqui tudo bem, nunca ouvi falar de ninguém que tivesse morrido por incluir cevada na sua dieta... mas visto que os calores aqui apertam com a gente e a boca desidrata que é um horror lá tivemos de pedir mais duas rodadas pa manter o nível da conversa... Quero deixar aqui bem claro que as pessoas que sentiram as orelhas quentes nessa noite não deverão nunca pensar que falamos para além das nossas vidas, porque se há coisa que não gostamos é de se intrometer nas labutas de cada um...
Mas se há coisa que é triste é uma pessoa tar instalada e começarem a arrumar os cafés, porque uma pessoa já se sente a fazer parte da mobília e depois tem de levantar o estaminé e meter-se nas putas dali pra fora... Por falar em putas, podia contar já aqui um episódio, mas vou manter a ordem cronológica das coisas...
Com vontade de palmear a Avenida Luisa Toddi para encontrar um barzeco que acolhesse estas duas almas penadas, lá fomos nós. Depois de uma escolha intensa (sim, porque não frequentamos espaços sem nível... e logo em SetúVel!) decidimos montar a tabanca num bar com publicidade enganosa... Para além da nossa caipirinha não saber ao rum que pedimos para adicionar, tinha assim um sabor especial a uma mistura de bebidas que ia desde a bela da vodka, à cachaça, e sei lá mais o quê (nem quero pensar que mixórdia poderia aquilo conter), mas isso não foi problema, porque somos pessoas abertas a novas experiências...
Da esplanada decidimos ir conhecer o interior e experimentar o belo do Mojito que era para ser oferecido pela casa mas acabou por custar a módica quantia de 6euros (chulos do caneco... e por falar em chulos, já vos disse que esta noite também meteu putas?).
Inconformadas e sempre reclamando com tudo, lá reinvidicamos o direito pelo shot à borla (que para quem não sabe é o direito nº1 do regulamento das GLCAA), que se me perguntarem qual era eu respondo sinceramente que não sei, não quero saber e tenho nojo de quem souber!
Não me perguntem porquê (Nem á Débora...) mas saímos já incluídas numa festa de anos de alguém que partilhava o gosto pelo Tony e pela pimbalhada habitual, tendo ido parar a um outro bar com os novos amigos do peito...
Chegou então a hora do bacardi lemon, que sinceramente não sei se foi caro ou barato, porque nem me lembro de o ter pago...
Posso dizer que a noite apartir deste momento deixou de estar frescota, e que quem ousar dizer que é pouca bebida para o estado de loucura que passarei a descrever será convidado a conhecer a maneira estranha de preparar bebidas alcóolicas nesta paragem... Aqui mete-se um bocadinho de sumo pa desenjoar do azedume alcóolico!
Seguidamente a memória começou a falhar e restam breves lembranças de toldos que desapareceram misteriosamente da loja de electrodomésticos, cânticos pelas ruas a fora, tentativas falhadas de entrar em bares de streap tease (5 euros de consumo para sermos expulsas por má conduta comportamental com as profissionais em questão não é o sonho de nenhuma pessoa bêbada), alvoradas com recurso a machados para os mais difíceis de acordar, muitas chamadas para o Raúl apartir da nossa sanita, duas horas de sono e um dia de estágio pela frente...
Enfim, escusado será dizer que no dia seguinte estavamos as duas quase ligadas às máquinas, com um sr. castanho mais a dar para o líquido e uma azia que até dá dó só de pensar... Mas nós cá nos vamos aguentando com estas situações que mesmo sem querermos nos vão acontecendo, não precisam preocupar-se que vendemos saúde, não sei é se por muito tempo...
Para finalizar quero agradecer à Débora a companhia para dormir nessa noite, pois se não fosse ela nunca teria sabido o que era dormir com alguém em cima de mim e na companhia de um amigo novo que não sei o nome mas que se parecia com um saco de plástico pó gómito.
Aproveitem a vida que nós cá vamos vivendo a nossa... se é que se pode chamar viver... como eu ainda me sinto acho que apenas vou escapando!

PS: Anível, se leres este post fica desde já a saber que estás convidado a pagar uma 'mine' assim que eu me sentir capaz de beber alguma coisa que não seja água!